Encontro filosófico – “Clash” (Egito, 2016. Dir. Mohamed Diab)
O Encontro filosófico é uma das atividades da Agenda cultural do Ensino Médio da Escola Villare, essenciais para a formação das pessoas que serão os nossos alunos.
É simples assim.
Não é “bem” um evento… É um encontro de pessoas, de aproximação de sentidos. Na Avenida Paulista, cada um a seu modo, num sábado de tarde e “à paisana” de sermos professores ou alunos do Ensino Médio, exercitando seu desejo de querer ser, de querer estar.
Um filme. Um lanche. Um convite para que vivamos, juntos, a cultura e as possibilidades da metrópole com o exercício da autonomia, a busca pelo novo e a permeabilidade do inusitado!
Caminhando, pouco importa se contra ou a favor do vento, esse primeiro Encontro filosófico de 2017, atravessou um quilômetro de calçadas, diversidade, ruas, e até continentes, para sermos encaixotados, figurativamente, em um caminhão da polícia no Egito em 2013.
O paradoxo vivido entre a liberdade de escolha e a prisão em um camburão (ou em uma sala de cinema!), promoveu a humanização de fenômenos políticos complexos como a Primavera árabe e as alternâncias políticas no Egito, entre 2011 e 2013, ano em que se passa o dia retratado no filme. Há uma história em cada um.
E essas histórias foram trocadas na tradicional partilha do lanche, por meio do qual os diferentes se aproximaram e a ficção das telas contornou-se de realidade. Diferentes, mas juntos!
Depois de algumas horas, era flagrante tanto às personagens quanto a nós, seus espectadores, que as diferenças são construções e que a alteridade, tão necessária, é muitas vezes utópica.
Partindo de um exemplo tão radical de polarização como o das manifestações atrás das grades do camburão, os cenários do filme, cristalizou-se o desejo da superação das barreiras entre as diferentes histórias que somos, através de novas janelas. Uma busca.
Mas será simples assim?
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